Inovação
Perlan Mission II pousa na Patagônia argentina e quebra o recorde mundial de planadores
A Airbus Perlan Mission II, iniciativa liderada por uma equipe de voluntários patrocinada pela Airbus com o objetivo de levar um planador sem motor até a fronteira espacial, chegou ao fim de sua segunda temporada em El Calafate com muitas honras. Em 4 de setembro, dias antes de a equipe dar a temporada por encerrada, o Perlan II decolou do aeroporto internacional Comandante Armando Tola, em El Calafate, para voar a uma altura recorde de 52.172 pés.
O voo histórico quebrou o recorde anterior, de 50.727 pés, anotado pelo planador despressurizado Perlan I sob o comando do fundador do projeto Perlan, Einar Enevoldson, e do seu principal patrocinador, Steve Fossett, em 2006.
Esse é um grande marco, mas o objetivo do Perlan Mission II é multidimensional. Além de buscar o recorde mundial, o planador busca coletar informações inéditas sobre as mudanças climáticas e fenômenos meteorológicos e entender o impacto dos voos de grande altitude sobre os pilotos e a aeronave.
Ao longo de vários meses, o Perlan II vem coletando informações que vão permitir que os cientistas estudem diversos fenômenos meteorológicos para gerar modelos mais precisos da atmosfera superior e das mudanças climáticas.
O Perlan II também vai fornecer informações sobre os efeitos da turbulência e da radiação em grandes altitudes sobre os pilotos e a aeronave, dados que vão ajudar a definir o futuro do design e da engenharia aeroespacial do futuro. Como o planador não tem motor, ele pode coletar amostras de ar não contaminadas em diversas altitudes e, diferentemente dos balões meteorológicos, ele pode mudar de direção, permanecer em uma área específica e decolar e pousar de um mesmo local.
El Calafate não foi escolhida como base do Perlan II aleatoriamente. A Patagônia argentina abriga o Perlan II há dois anos por ser uma das únicas regiões do mundo a apresentar condições climáticas adequadas, graças à produção de ondas estratosféricas de montanha na região. Essas correntes de ar ascendentes, criadas pela combinação de ventos de montanha e vórtice polar, são fortes o suficiente para elevar a aeronave experimental e os dois pilotos a bordo a altitudes nas quais a densidade do ar representa menos de dois por cento da encontra a nível do mar.
Para maiores informações:
Lindsy Caballero
Communication Specialist - Airbus Latin America & Caribbean
lindsy.caballero@airbus.com