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América Latina: Uma mega região para a aviação
De acordo com a mais recente Previsão do Mercado Global (GMF) da Airbus, as companhias aéreas latino-americanas precisarão de 2.307 novas aeronaves entre 2013 e 2032, com rotas intrarregionais que conduzirão o enorme potencial de crescimento da região. A nova demanda de aeronaves inclui 1.794 de corredor único, 475 de dois corredores e 38 muito grandes (Very Large Aircraft - VLA), com valor estimado em US$ 292 bilhões.
O GMF para a América Latina foi apresentado no dia 14 de novembro, durante uma coletiva de imprensa na 10ª edição do Fórum Anual de Líderes da ALTA, em Cancún, no México.
Entre 2012 e 2020, a economia latino-americana deve superar o desempenho da média mundial, graças, em grande parte, aos gastos de consumidores no Brasil e no México. Como resultado, o aumento do tráfego na América Latina nos próximos 20 anos deve superar a média mundial de 4,7%, com taxa de crescimento anual de 5,2%.
Uma classe média em crescimento e maior gasto dos consumidores levaram o transporte aéreo a se tornar mais acessível em toda a América Latina nos últimos 10 anos, aumentando 14% o número total de cidades atendidas. Mesmo assim, embora quase 100% das 20 maiores cidades na América do Norte e da Europa conectem os passageiros com pelo menos um voo por dia, apenas 40% das 20 maiores cidades latino-americanas fazem o mesmo. Como resultado, nos próximos 20 anos, o tráfego intrarregional e doméstico deve crescer a uma taxa impressionante de 6,3%, tornando-se o maior mercado para companhias aéreas latino-americanas.
Este potencial intrarregional inexplorado explica parcialmente por que a Airbus prevê que, nos próximos 20 anos, dois terços da população em mercados emergentes farão uma viagem por ano, posicionando as companhias aéreas da América Latina para desfrutar o segundo maior aumento de tráfego no mundo, depois das empresas do Oriente Médio.
Embora 10 das 92 megacidades de aviação no mundo com mais de 10 mil passageiros internacionais por dia estarão na América Latina até 2032, há outras oportunidades para companhias aéreas latino-americanas capitalizarem. Atualmente, as seis maiores empresas na América Latina têm 19% de participação de mercado do tráfego de longa distância da região, enquanto regiões como América do Norte e Europa têm quase 40%.
Outra tendência dominante na América Latina é o crescimento das companhias aéreas de baixo custo (Low Cost Carriers - LCC), responsáveis por quase 40% da participação de mercado do tráfego aéreo total na região, contra apenas 12% em 2003, com México e Brasil representando praticamente todo o mercado. Um mercado LCC altamente competitivo levou as companhias aéreas a buscar constantemente a aeronave mais eficiente disponível, levando a idade média da frota em serviço na América Latina para 9,5 anos, 42% menor do que em 2000, em comparação com a idade média mundial de 10,7 anos.
Aproximadamente 500 líderes do setor, representantes de companhias aéreas e imprensa nacional se reuniram no Fórum Anual de Líderes da ALTA, em Cancun, no México, para participar de uma discussão internacional sobre as tendências e os desafios atuais enfrentados pela indústria de aviação.
Até 2032, em todo o mundo, aproximadamente 29.230 novos aviões de passageiros e de carga, com valor aproximado de US$ 4,4 trilhões, serão necessários para atender à futura demanda do mercado. O GMF oferece uma análise detalhada da evolução da frota de aeronaves de passageiros e de carga, fluxos de passageiros e de aeronaves e as evoluções do transporte aéreo mundial de, aproximadamente, 800 companhias aéreas de passageiros e 200 operadores de carga em todo o mundo. Os resultados para a América Latina apontaram a expansão da economia da região, o crescimento da classe média e a ascensão de companhias de baixo custo (LCCs) como alguns dos fatores-chave para a taxa de crescimento do tráfego deste mercado emergente.
Para obter mais informações, contate:
Liana Sucar-Hamel
Communications Manager, Latin America & Caribbean
liana.sucar-hamel@airbus.com