Destaque
Sobre o Combustível
O preço médio mundial estimado de combustível para jatos alcançou os lendários 300 centavos de dólar por galão norte-americano nos primeiros quatro meses de 2011. Em termos leigos, o preço do óleo cru para o mesmo período agora está bem acima dos US$ 100 por barril. A última vez que os preços atingiram esse nível foi em 2008, marcando o começo da pior crise financeira desde a Grande Depressão.
Hoje, os preços refletem a instabilidade no norte da África e no Oriente Médio, bem como a alta demanda na China e em outros países em desenvolvimento. A especulação também tem um papel importante na variação dos preços do petróleo. Estima-se que, em 2010, a quantidade de óleo cru negociado nos mercados de câmbio tenha sido 20 vezes maior que o consumo físico de todo o mundo! Este montante está crescendo e o petróleo tornou-se, de fato, a commodity mais negociada no planeta.
Se olharmos para trás, veremos que os preços foram fixados pelas empresas petrolíferas, pelos governos e pela OPEP. No entanto, desde 2004, um mercado de negociações digirido pela oferta e pela demanda foi implementado, o que se deve principalmente ao desenvolvimento dos mercados de commodities e à demanda crescente por parte dos países em desenvolvimento.
E o que podemos esperar dos preços futuros do petróleo? É difícil dizer, especialmente quando se trata de uma commodity tão sensível aos fatores globais, mas parece haver um consenso não declarado entre os economistas de que os preços do petróleo continuarão em alta.
Em geral, o combustível representa a despesa mais alta para uma companhia aérea e um dos custos mais difíceis de controlar. A IATA considera que o combustível representa quase um terço do custo operacional total de uma companhia aérea. Quando se opera aeronaves de gerações mais antigas, este tema torna-se ainda mais importante. Para entender a magnitude deste custo, considere a indicação da IATA de que, em 2010, o custo total de combustível atingiu um máximo alarmante de US$ 140 bilhões no setor.
Para limitar o impacto dos preços em alta dos combustíveis, as companhias aéreas desenvolveram, com o tempo, medidas operacionais e financeiras, como a otimização de perfil de voo, políticas de cobertura e o uso sistemático de aeronaves mais eficientes do ponto de vista de consumo. No lado do fabricante, a Airbus permanecerá comprometida com a pesquisa de fontes alternativas de energia, como biocombustíveis, ao mesmo tempo oferecera novas tecnologias de economia de combustível disponíveis para as operadoras o mais rápido possível.
Para mais informações, entre em contato com:
Claude Pluzanski
Diretor de Análises Econômicas
claude.pluzanski@airbus.com
Amaya Rodriguez
Diretora de Marketing, América Latina e Caribe
amaya.rodriguez@airbus.com